segunda-feira, julho 2

Eu disse, surreal e esperançoso,
Que havia um poema entre nós,
Entre nossos corpos desencontrados
Mas íntimos, um poema longo de se ler

Com os dedos, desesperados cegos.
De onde vem esse perfume alucinado,
Essa rima branca de versos que sei de cor
Não os tendo lido ainda, páginas adivinhadas?

Ah, poesia sem métrica, porém com ritmo intenso,
Teu gosto incessante e esperado é o que guarda
Meu sono, livro da cabeceira dos meus dias!

Vem, Isabela, que há páginas inda vazias
E sutis a serem preenchidas, que há lirismo doce
Na minha boca de carícias para te suavizar a vida.

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