quarta-feira, julho 4

Coração tão colorido, cerzido nas linhas finas
Da curiosidade que a tudo engloba e apregoa,
Por que te torturas assim, sem fim, rasgando
Em tiras tuas fibras de tão bom grado, alucinado
Em desesperos de fidelidade inexistente, ilusões
De cheiro certeiro e vão de amor ausente?

Às forças que me compõe e sustentam, dignamente,
Na inutilidade do presente, peço perdão
- Pára, meu coração, de bater assim por ânsia,
Lembra é da infância que te iluminou, onde tudo
Havia para amar, mudo, sem nada questionar.

Não saber o que não se sabe é única paz que há.

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