sexta-feira, junho 22

Soneto Oculto

A inocência incontida, desarmônico ego,
Tão dolorida pela imagem leviana criada,
Sufocada em torturas negras e materialistas,
Nâo passa de ignorância faminta e muito cega.

São sonhos tristes que não existem, porém eu me apego!
Utopias (somente) da carne quente que não viu nada!
Loucuras festeiras! Um baile de vis vestidos e fitas,
Corpo das moças bonitas que tanto se quer, mas se nega.

Vida pouco importante, tão deslocada de si mesma,
Que véu disforme é esse que te cobre os olhos nus?
Quem te tampou o poço enorme de todos os mistérios?

Percebes que és touro, águia, leão e também lesma?
A chave de ouro atroz do saber que eu me impus
Será a bênção de salvação dos meus argumentos sérios...

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