segunda-feira, junho 25
Quem,
No plano inteiro
Da existência toda,
Te permitiu ter o sorriso
Da fêmea madura hipnótica,
Da deusa das sombras e fogos,
Da aurora quando resplandece enorme?
Tu és o perfume de todos os corpos atônitos
A doçura escaldante dos felinos indiferentes,
A mudez das santas carnais e femininas,
A ideia primeira de todas as mães amantes.
Teus seios são relâmpagos e trovões,
A luz engasgada na engrenagem das consciências.
Tu és filha dos feitiços e sortilégios, madrinha
Deliciosa da persuasão perversa e cínica...
Tens meus olhos, meu ventre e meu coração
Em tuas ambas mãos minúsculas e pálidas,
Em tuas mãos de oliveiras maliciosas e perdidas.
Aceita, rainha, este corpo poético
Em sacrifício humilde, mas poderoso.
Aceita, senhora, este corpo imenso
Que quer ousar nas tuas carnes;
Aceita, amor, esta ligeira gentileza,
Que tudo que sei são canduras e monotonias.
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