sábado, junho 16


Oi, mato da manhã!
Alô, flor-feia do meu jardim!
Vê se a minha dor é vã,
Vê se vale a pena ter pena de mim.

Bem-te-vi amarelado de dor
(Como quem amarela de doença triste),
João-de-barro, incrível construtor,
Me contem se dormência igual a minha existe.

Quem me vê, acha o quê?
Quem me olha, o que diz?
Diz, pardalzinho flácido e covarde!

Será que meu cheiro causa alarde,
Será tão feio o meu nariz?
O que vê quem me vê?

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