sábado, junho 16


As horas
Que passei – sublimado,
Extasiado – à sombra
Do teu seio
(Maduro e doce como a manga
Que ferve rosada nos verdes),
Como esquecer?

Como ignorar a felicidade
Original de quem tenha experimentado
Uma vez dentro do próprio peito
A languidez morna e suada
De teus prazeres,
A maciez intraduzível do teu corpo,
O brilho incalculável do teu riso?

Me dizes que devo esquecer,
Mas como podem (as) andorinhas
Esquecerem do verão?

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