sexta-feira, fevereiro 1

06.01.2012

Que desabe sobre mim,
Pois que assim
É que deve ser,
O peso imensurável
Da vida, que desabe
Com toda a sua fúria,
Pois que sou só forças
Para tudo em mim
Conter e sustentar
E expandir.

Que desabe, colossal
E orgânica,
Que meus braços são pontes
Para toda a física e metafísica
E poesia e filosofia
De viver; que desabe
- Impiedosa, se possível -
Que meu ser é todo tensão
Na agonia da ansiedade
De invadir e explodir
Dentro de ti.

Desabe, imensa,
Que me chamo
Virilidade.

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