quinta-feira, agosto 9

Soneto Cético

Alguém me trancou, por maldade,
Dentro de um sonho ruim
De tão bom! Dói, vida!
É no latejar da ferida

Que se sente o ímpeto doce
De viver. Tudo será perfeito,
Desde que eu sorria
Vinte e quatro horas por dia.

Vai passar! Cada momento,
Cara, beijo, suspiro, espreguiçar...
Vai passar... Até a vida

Vai passar... E eu, teórico,
Só sei me preocupar com aquilo
Que vem depois do calor da luz.

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