quinta-feira, agosto 9

De uma maneira estranha
E inexplicavelmente impulsiva,
Vez ou outra me sinto
Um completo suicida
- Me corroem ímpetos
De voar, absurdamente
Desvairado, do décimo
Quarto andar ao chão.

Seria um voo rápido,
Um vislumbre mágico da cidade
Inteira, por um ou dois segundos,
Surgindo e crescendo
Dentro de meus olhos...

Mas algo me segura,
Ou eu mesmo me impeço:
Que fagulha de vida é esta
Que me força a esperar?
A morte é certa - porque
A pressa? Terei em mim
A terra fria quando for hora...

Há algo
Que me diz que me surpreenderei
Muito
Enquanto teimar em respirar.
E recolho minhas asas.

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