Traço lento. A manhã transcorre
Reta,
Lúcida,
Perdida entre o vão das casas
E entre
O friso
Da Vida.
Escorro,
Desejoso
E suave
Por entre luzes brandas e frios metálicos
(Com gosto de navalha).
Tento extrair todo o calor
(Que há)
Do chão,
Cerco a vida por todos os lados na emboscada
Da poesia - da melancolia - da existência...
E o que sobra? O resto são pássaros
Incestuosos
E ervas (ralas)
A enfeitar
O meu não-jardim.
É a lama dos buracos
Que me lembra que estou (vivo).
Brutalmente dilacerante. Nada mais a dizer.
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